Boa noite pessoal, nada melhor do que voltar ao blog, inaugurar o novo template e ainda por cima criar uma nova coluna.
Agora vocês poderão conferir periodicamente a coluna “Apenas uma pauta”. Nessa coluna eu falarei dos mais variados assuntos que envolvem direta ou indiretamente a nossa literatura.
O assunto que eu escolhi falar hoje é sobre os termos “moderno” e “comum”. E muitos de vocês devem estar se perguntando: O que isso tem haver com literatura?
Sinceramente, eu acho que tudo acaba influenciando literatura, depende sobre o que você quer escrever.
A palavra moderno segundo o dicionário Aurélio;
adj. Que pertence ao tempo presente ou a uma época relativamente recente; hodierno, atual. / &151; S.m. Aquilo que é moderno ou de acordo com o gosto moderno.
A palavra comum, segundo o dicionário Aurélio:
adj. Diz-se de uma coisa que pertence a todos ou da qual cada um pode participar: sala comum. / Que se faz em conjunto, em reunião: obra comum; refeição comum. / QUE É PRÓPRIO DE GRANDE NÚMERO DE PESSOAS; geral, universal: interesse comum. / Que é ordinário, habitual: expressão pouco comum. / Desprovido de elegância, de distinção: maneiras comuns. / De pouco valor: mercadoria comum. / &151; S.m. A maior parte: O COMUM DOS HOMENS. // &151; Loc. adv. Em comum, em conjunto, em sociedade.
Eu me peguei perguntando sobre os termos por que na verdade eles são muito próximos na minha concepção.
Algo MODERNO não seria algo inovador, na integra seria algo relativamente recente, que está na moda, o que fatalmente nos faz pensar que seja uma coisa COMUM. Quando eu ouço alguém dizer “Isso tá na moda!” logo penso “Deve ser algo que todo mundo esteja usando...”, ou seja, aquilo que é MODERNO consequentemente também é algo COMUM.
Porém, analisando por outro ângulo podemos entender também que algo COMUM também não é MODERNO. Pois sempre que ouço “Isso é muito comum!” tenho uma ideia de que a coisa esteja ultrapassada, pois quem quer estar “na moda” nunca tem vontade de fazer, vestir, criar ou escrever algo COMUM, pois não teria a menor graça.
“Ora essa, mas por que Michael? Está variando da cabeça? Não acabou de dizer que uma coisa era a outra e agora é o contrário... Oxi”
Foi exatamente o que eu ouvi de um amigo quando tentei debater o assunto. [risos]
O problema é que as pessoas não querem ter algo em COMUM com alguém que não goste, mesmo que essa pessoa goste dos MESMOS livros, MESMOS filmes, MESMOS lugares, MESMAS roupas e etc. O que acaba ligando as pessoas umas as outras nem sempre é o que elas têm em COMUM, mas o que é MODERNO.
Veja bem, eu tenho uma colega de trabalho que “não se bate” com outra colega, mas houve um dia que as duas vieram com a camisa da mesma cor e com o mesmo modelo de calçado. Depois de uns dias percebi que essa outra colega de trabalho tinha gostos parecidos com a outra com quem “se bicava”, pois ambas gostavam de música sertaneja, de animais e de culinária italiana. [risos] Engraçado não?
Mas a pergunta é: Acham que alguma das duas mudou a maneira de ser por que não se simpatizavam?
Já sabem a resposta. É claro que não.
Quando se trata de literatura, a coisa é bem parecida. O termo “clichê” surgiu para sabermos indiretamente o que “tá na moda”, o que é COMUM. Os escritores tem evitado escreverem “clichês” e eu acho que é pura perda de tempo.
Quem foi que disse que ser COMUM não é legal? Existem várias maneiras de tornar algo COMUM em algo único, em uma particularidade só sua, depende da sua maneira de contar as coisas.
Eu pergunto isso, por que pra começo de conversa quem criou ou deixou as coisas presas ao conceito COMUM foram nós mesmos.
Algo só é COMUM entre as pessoas quando todos sabem ou quando se torna recente, MODERNO, uma vez que cada um tem seu conceito de cultura, religião, literatura, música, arte e principalmente sobre o que é interessante.
Por exemplo, o samba do Brasil não é COMUM no Japão, do mesmo jeito que a musica oriental de lá não é COMUM aqui, o que vice-versa pode ser musica MODERNA para ambos.
O mesmo podemos dizer sobre a literatura, pois cada parte do mundo tem a sua maneira de ler e escrever e em suma, a importância e valorização que dão a isso.
É muito difícil chegar à linha que divide o MODERNO do COMUM, mas depois de muito pensar, eu cheguei à conclusão de que:
“O termo MODERNO não passa de uma justificativa que as pessoas criaram para mostrar que têm muito em COMUM, pois tudo se torna COMUM até que alguém reinvente e se torne MODERNO de novo.”
Eu deixei algumas palavras em maiúsculo para facilitar a interpretação.
E você, o que considera comum ou moderno? Quem puder responda nos comentários.
Quem gostou, compartilha, curte, indica e pra mim já um grande prazer ter a visita de vocês aqui no blog.
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